“Estacionamento antes da ponte, chefe?”. E o cara bate no seu vidro com toda a força. “Estacionar, patrón?”, outros três chicos se jogam na frente do carro, agora depois da ponte. A calçada você não enxerga, os ambulantes tomaram conta de tudo. É lixo na rua, gente te puxando para dentro das lojas, vendedoras de meia, carros, vans, motos e pessoas brigando por um espaço. Caos no trânsito e muitas, mas muitas lojas, a maioria de procedência suspeita. É essa a Ciudad Del Este que quase todos os brasileiros conhecem. O que muita gente nem imagina é que existe uma outra cidade por trás dessa loucura toda. Eu fui conhecer. Passei dois dias na região e pude olhar uma Ciudad Del Este diferente: cheia de verde, com ruas mais largas e muitas casas. Uma cidade que gira em torno da Itaipu. O trânsito nessa área também é um pouco doido, é verdade. Praticamente não há sinaleiros e os carros se atravessam uns na frente dos outros. O transporte coletivo também é uma vergonha. Ônibus pequenos e muito velhos que andam com a porta aberta e, em horários de pico, tem gente pendurada por todas as partes (tá, isso existe no Brasil também). Mas sem contar esses detalhes, e o fato dos seguranças de lojas e casas de câmbio andarem armados com escopetas, a cidade me agradou. Passei esses dois dias na casa de uma família Servas. Explico. O Servas é um programa que nasceu na Dinamarca em 1949 com o intuito de disseminar a paz no mundo.
Leia mais no blog Inventando o Mundo, da viajante servas Renata Torres
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