Um brinde ao Servas sexagenário!: Da esq. à dir., Luci, Andrea, Fabio, Marita, Mafê (agachada), Alice, Tom (à frente), Roberto, Wellington e Deca
Entre os dias 15 e 17 de janeiro de 2009, o encontro do Servas na cidade de Pindamonhangaba reuniu 11 servianos que, unidos basicamente pelo desejo de partilhar, marcaram mais um passo no processo de amadurecimento da organização no Brasil. Estiveram presentes Fábio e Marita Fonseca, os delicadíssimos anfitriões, Maria Fernanda Vomero, Roberto Borenstein, Débora Pinto, Maria Alice e Wellington Santos, Tom Tate, Luci Braga, Andréa Assis e Lílian Gelman. Esta foi também, oficialmente, uma das comemorações pelos 60 anos do Servas Internacional. Primeira atividade desta que vos escreve no Servas – recém-chegada, e com um verdadeiro olhar estrangeiro, não foi com pouca surpresa que me vi envolvida pelo encontro, pelos encontros – a celebração foi marcada por um clima de cordialidade e muita conversa.
Na sexta-feira, os primeiros a chegar a Pindamonhangaba foram o casal Wellington e Maria Alice, Tom e Luci. Recebidos por Fábio e Marita, eles deram início às atividades com uma visita à cidade, onde puderam conhecer o Museu Municipal. No sábado pela manhã, juntaram-se ao grupo os demais participantes. Da casa de Fábio e Marita na cidade, após os primeiros papos da chegada e já preparados para o almoço, dirigiram-se todos em comboio para um local ao pé da Serra da Mantiqueira. Com trutas pescadas na hora dispostas em uma grande mesa, todos compartilharam a refeição e puderam ali, ao redor da mesa, aproximar-se. Alguns só se conheciam por e-mail, outros não se viam há anos e outros ainda, como eu, tinham ali a oportunidade de se confrontar e se confortar com muitos novos rostos e vozes.
Comboio perdido – Depois do almoço, mais uma vez em comboio, o passeio seguiu para Nova Gokula, uma área mantida por representantes da religião Hare Krishna. Embora chuviscasse, o clima continuava caloroso. A busca pelo sorvete perfeito, uma das iguarias comercializadas em Nova Gokula, deixou espaço para conversas com moradores da comunidade Krishna, reflexões sobre religiosidade, fé, caminhos. Os descaminhos tomaram parte na saída da comunidade, momento em que os carros do comboio perderam-se (ou melhor, dois dos três carros perderam-se do seu guia). O hilário momento, no qual esperar na estrada era a única alternativa, não tirou o humor e ainda permitiu um aliviado reencontro.
Na sexta-feira, os primeiros a chegar a Pindamonhangaba foram o casal Wellington e Maria Alice, Tom e Luci. Recebidos por Fábio e Marita, eles deram início às atividades com uma visita à cidade, onde puderam conhecer o Museu Municipal. No sábado pela manhã, juntaram-se ao grupo os demais participantes. Da casa de Fábio e Marita na cidade, após os primeiros papos da chegada e já preparados para o almoço, dirigiram-se todos em comboio para um local ao pé da Serra da Mantiqueira. Com trutas pescadas na hora dispostas em uma grande mesa, todos compartilharam a refeição e puderam ali, ao redor da mesa, aproximar-se. Alguns só se conheciam por e-mail, outros não se viam há anos e outros ainda, como eu, tinham ali a oportunidade de se confrontar e se confortar com muitos novos rostos e vozes.
Comboio perdido – Depois do almoço, mais uma vez em comboio, o passeio seguiu para Nova Gokula, uma área mantida por representantes da religião Hare Krishna. Embora chuviscasse, o clima continuava caloroso. A busca pelo sorvete perfeito, uma das iguarias comercializadas em Nova Gokula, deixou espaço para conversas com moradores da comunidade Krishna, reflexões sobre religiosidade, fé, caminhos. Os descaminhos tomaram parte na saída da comunidade, momento em que os carros do comboio perderam-se (ou melhor, dois dos três carros perderam-se do seu guia). O hilário momento, no qual esperar na estrada era a única alternativa, não tirou o humor e ainda permitiu um aliviado reencontro.
Aproximadamente meia hora de estrada sinuosa e paisagem muito verde e chegamos ao recanto que Fábio e Marita nos reservavam. O sítio do casal, nosso abrigo daquela noite e do dia seguinte, foi um verdadeiro presente. Do deque onde deitados em confortáveis redes podiam ver o rio que corria, Débora e Mafê aproveitaram para meditar um pouco. Outros também passaram por ali para contemplar, silenciar, aquietar. O convite para conhecer a cachoeira – sim, ainda havia uma cachoeira – atiçou o espírito de alguns. Débora, Roberto e Lílian, além , mais uma vez, dos incansáveis Fábio e Marita, lançaram-se à água gelada. As outras mulheres, sentadas na beira do rio, sentadas sobre cangas, mais pareciam personagens de um quadro bucólico-tropical. A exuberância fantástica do lugar anunciou a chegada da noite com o agito do preparo do jantar. Agora, era a hora de ir para a cozinha.
Tom mostrou sua imensa habilidade de chef, coordenando os trabalhos e dando um toque especial à salada. O macarrão ao sugo teve ainda o toque das mãos habilidosas de Maria Alice e Marita. A cozinha, cumprindo seu papel de espaço gregário, ficou pequena para tanto vai e vem, conversas múltiplas. A vitrola ganhou o seu vinil e a celebração ficou assim, com um clima de festa. Um brinde completou o momento.
Noite de João Gilberto – Ainda nesta noite, todos foram agraciados com o relato de viagem da Mafê, uma tocante descrição de como encontros com o outro são capazes de nos transformar e nos encher de inquietude. Quando Mafê falou sobre um menino palestino que conhecera, cheio da beleza do espírito humano, de resistência de quem quer existir e se expressar, a comoção singela chegou a todos como um abraço. E a noite continuou com muita música boa e uma verdadeira ode à música brasileira e um dos seus gênios, João Gilberto. Na mesma noite despediram-se do grupo Tom, Maria Alice, Wellington e Luci, que retornaram a Pinda de onde, na manhã seguinte, partiriam para suas casas.
Na manhã de domingo, Débora, Mafê, Andréa e Roberto compartilharam cafés e chás trocando muitas idéias sobre como criar suportes e mecanismos para a manutenção e a expansão do Servas no Brasil. Descanso, mais rede, mais papo, uma passada em Pinda e hora de partir. Para esta que vos escreve e mais uma vez se apresenta, uma experiência acalentadora e revigorante, capaz de restituir aquela frágil parcela de fé nas pessoas e no que os encontros de diferenças podem proporcionar. Quando dois querem, dois trocam. E o mesmo pode acontecer com mais de dez. Esteja o conflito eminente ou não, concorde-se ou não, compartilhe-se ou não dos mesmos pontos de vista. O desafio do convívio é fascinante. Gratidão grande por integrar esta rede e desejo de ingressar nela de fato.
Assim se iniciaram as comemorações pelos 60 anos de Servas, no encontro em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Um pontinho concreto e reluzente na construção da paz.
-- Deca Pinto, Servas - SP
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