Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

domingo, 1 de julho de 2012

Servas Brasil FOI à Rio+20 !!!!


Olá pessoal,

Seguem abaixo alguns comentários a respeito da minha participação na Rio+20.

entrada para a Conferência
A ideia de participar da Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável (CNUDS) surgiu dentro do próprio Servas International (SI). Em uma minuta de uma das reuniões quinzenais do SI, foi sugerido o contato com o Servas Brasil a fim de verificar a possibilidade de alguém comparecer. “Eu posso”, levantei o dedo.
Daí, credenciamento, acertos dos relatórios, etc. mochila e netbook nas costas, lá vamos nós...
Por causa do trabalho, só pude ir à Conferência em três dias – de 20 a 22/06, justamente nos dias em que chefes de estados, delegações oficiais, etc. estariam lá para debater o “Rascunho Zero” (“Zero Draft”).
Seguindo as orientações da Secretária de Paz do SI, Daniela Serres e da Secretária Nacional, Maria Fernanda, foquei a participação em assuntos relacionados ao Servas. Por isso, tomei parte nos Eventos Paralelos que são eventos onde ONGs., organizações intergorvementais ou do sistema da ONU debatem, paralelamente à Conferência, assuntos relativos ao desenvolvimento sustentável. No total, foram seis eventos:
participação em um dos eventos paralelos
- Antecipando ações locais para o desenvolvimento sustentável
- Turismo para um futuro sustentável
- Avançando o desenvolvimento sustentável em países pós-conflito
- O future que queremos – o papel do cooperação pelo desenvolvimento para chegarmos lá.  
- Ação do voluntário conta: o poder do voluntariado para o desenvolvimento sustentável
- Alimentos, agricultura e conflitos – desafio para a paz
Todos estes eventos, na verdade, são painéis com participantes que têm diferentes perspectivas do tema abordado. Todos interessantes. Alguns, no entanto, não corresponderam às expectativas, como, por exemplo, o painel relativo ao turismo, onde autoridades (ministros de turismo do México, Madagascar e Dubai e também Brasil) se limitaram a ler “informativos” sobre como o turismo, em cada país, era socialmente responsável, pois criava empregos e incluía habitantes marginalizados.
hall chamado "O futuro que queremos"
Outro SD que decepcionou foi o relacionado à cooperação para o desenvolvimento. O painel se limitou às observações do secretário da conferência, Sr. Sha Zhunang, sobre a falta de consenso no acordo. Quer dizer, o “para chegarmos lá” ainda tem muito chão pela frente.
Por outro lado, outros SDs. foram muito interessantes. O evento sobre voluntariado foi o que mais entusiasmou. Não só pelo assunto, mas pelos panelistas que contagiaram os participantes com apresentação de “cases” positivos de como ações voluntárias modificam a realidade e promovem o desenvolvimento sustentável.
Também me chamou a atenção o clima de Torre de Babel da Conferência. O que menos se via eram brasileiros... A atmosfera global do encontro era fascinante: roupas tradicionais, especialmente da África e sudeste asiático. O mundo se encontrava na Praça de Alimentação, na fila do cafezinho de manhã cedo... O centro de mídia, então... Esse era o lugar mais interessante: repórteres de todo mundo (inclusive da CCTV, estatal chinesa de notícias) estavam por lá para levarem notícias aos seus leitores/telespectadores. Havia um zum-zum característico das redações. O contrário se via na área restrita às autoridades: só se chegava perto da entrada e dava-se “meia-volta-volver”...
participação em um dos eventos paralelos (voluntariado)
A cidade respirava o evento: para o bem e para o mal... Tinha carioca que se sentia orgulhoso da Conferência estar se realizando na cidade; havia outros que reclamavam dos congestionamentos causados pelas manifestações. Uma programação de atividades relacionadas à Conferência foi feita para a população e os turistas, propondo uma reflexão sobre o desenvolvimento sustentável. Na tentativa de facilitar o deslocamento de autoridades para o Riocentro (local da Conferência; distante uma hora e meia do aeroporto internacional, o Tom Jobim), foi decretado ponto facultativo para os serviços públicos e feriado escolar.
 Em fim, foi positivo o saldo da Conferência. Apesar de não se ter chegado a um acordo “ambicioso” no qual se estabelecesse metas para serem alcançadas em alguns anos (como é o caso da redução de emissão de CO2 pelos países mais poluentes), a Conferência resultou em compromissos de alguns setores da sociedade, como de empresas que se comprometeram como a Bovespa e a a Bolsa de Joanesburgo que, mesmo a longo prazo, vão promover a adoção de medidas relativas ao desenvolvimento sustentável em seus respectivos mercados . Serviu, também, para "acordar" os brasileiros ainda reticentes sobre o assunto.
Graças ao Servas tive a oportunidade de representa-lo na Conferência e de compartilhar as impressões pessoais com todos vocês.
projeto japonês "Smile Project" - criado em prol das vítimas do tsunami de 2011; pavilhão dos "Major Group" ou grupos majoritários (ONGs., cientistas e instituições de pesquisas, etc., a soc. civil em geral)

Nenhum comentário: