A primeira vez em que Alvany Santiago ouviu falar do Servas foi na França, por meio de um amigo do Hospitality Club. Interessou-se imediatamente por adorar viajar e porque a proposta da organização era parecida à de outras redes de hospitalidade das quais já fazia parte. Assim que voltou ao Brasil, entrou em contato com o Servas Brasil e foi entrevistada por Roberto Borenstein, na época o Secretário Nacional, em junho de 2007.
Sua primeira experiência com a organização aconteceu na Itália, quando viajava com seu filho Caio, em 2008. Desde então, tem participado ativamente do grupo. Em 2008, tornou-se coordenadora de Pernambuco. Participou do Primeiro Encontro Latino-Americano em Villa de Leyva, Colômbia, no início de 2009. Em setembro daquele ano, foi também a delegada brasileira na Assembleia Geral do Servas Internacional em Mar del Plata, Argentina. Esteve na conferência de comemoração dos 60 anos do Servas em Goa, Índia, em janeiro de 2010. Antes, teve a oportunidade de hospedar-se com membros Servas em Nova York. Depois, fez o Servas Language Experience (SLE) em Buenos Aires, Argentina.
Baiana de Santo Antonio de Jesus, Alva teve uma bela experiência numa comunidade rural, no oeste da Bahia, para onde se mudou logo que obteve a graduação no curso de Ciências Socias na UFBA. Seu objetivo era fazer o mestrado em Sociologia Rural, mas os planos foram alterados pelo casamento e pelo nascimento do filho. Já trabalhou de São Paulo a Teresina (PI) e passou quatro anos nos Estados Unidos (1997-2001), quando cursou o mestrado em Administração.
Alva tem sido anfitriã Servas em Petrolina (PE), cidade onde mora desde que retornou ao Brasil. Tornou-se professora da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). Por conta da família e dos estudos de doutorado, ela vive também entre Bahia, São Paulo e Espírito Santo. Desenvolve alguns trabalhos sociais: no grupo Jovens, Servas & Paz, com alunos da Univasf; no Assentamento Terra da Liberdade e na Associação das Mulheres Rendeiras do Bairro José e Maria e adjacências, todos em Petrolina. Em Vitória (ES), também começou um grupo de reflexões sobre a paz com jovens estudantes da UFES.
Ela conta com entusiasmo que o Servas mudou sua vida para melhor. Deu-lhe a possibilidade de desenvolver o seu projeto de vida: trabalhar para o empoderamento das pessoas e em prol da tolerância e do entendimento. Graças ao Servas, tem vivido experiências em diferentes culturas sempre desfrutando-as de fato. Segundo Alva, ser recebida como alguém da família e participar da rotina dos moradores em países tão diversos é um aprendizado único. Em contrapartida, acolher viajantes, mostrar-lhes o modo de vida dos brasileiros e auxiliá-los durante sua estadia, além de ser muito gratificante, proporciona a oportunidade de trocar vivências e conhecer outros pontos de vista. “Cada hóspede que recebo é como uma viagem para mim.”
texto: Maristela Nardi
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