Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

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quarta-feira, 8 de julho de 2015

A cativante visita da querida Marsha

Débora Didone - BA

Marsha é uma norte-americana na casa dos 60 anos, muito independente e curiosa pelo mundo. Já esteve em diversos países, incluindo a Índia, que tenho imenso desejo de visitar. Esteve aqui em Salvador, na minha casa, no período de pré-carnaval, pouco antes de seguir a Recife (boa escolha para os dias de folia!).

Adorei a energia de Marsha, uma pessoa completamente Servas, disponível para conhecer o estilo de vida de seus anfitriões e suas atividades. Ela foi muito presente em casa, conhecendo os sabores da Bahia preparados por meu marido Thiago (cozinheiro de mão cheia!), e esteve comigo em uma atividade dos Canteiros Coletivos, grupo de intervenção urbana do qual participo desde 2012. Fizemos uma roda de conversa no Parque Solar Boa Vista sobre feminismo, gênero, transgêneros, e ela ouviu tudo atentamente e, em um dado momento, colocou sua opinião em inglês -- mesmo sem falar português fluente conseguiu pegar maravilhosamente a linha de raciocínio que seguíamos na discussão.

E mais! Foi ao encontro vestindo a camiseta dos Canteiros Coletivos!

Marsha ainda teve a sorte de conhecer o bloco pré-carnaval De Hoje a Oito (o nome diz respeito a uma forma bem baiana de dizer "daqui a oito dias"), com todos fantasiados de índios. Ela fotografou sem parar os homens e as mulheres , todos muito lindos. Seguiu o bloco animada, feliz, dançante e admirada com o alto astral dos baianos. De fato foi um bloco bem bacana para conhecer o carnaval mais tradicional da Bahia, diferente da agressividade sonora dos trios em dias oficiais de festa.

Adorava quando ela pronunciava o nome do meu cão Zeus dizendo "Zus", que é como se fala esse nome em inglês. E quando ela se deitava na rede da sala para tirar um cochilo antes ou após nossos passeios. Deu para ver que se sentiu bem acolhida!

Conseguimos trocar boas ideias e impressões sobre a vida. Marsha trouxe à minha casa sua experiência de vida, compartilhou amenidades e acontecimentos de sua vida, filosofou sobre situações sociais, sobre casamento e relações. Foi uma visita curta, porém intensa e bonita, em que pessoas de diferentes faixas etárias, eu com 36 e ela com quase 70, conseguem compreender as riquezas que podem trocar.

Para encerrar, ela adivinhou a lembrança linda que poderia deixar comigo. Me deu de presente um saquinho de sementes de florzinhas laranjas nativas da Califórnia. Sem mesmo saber que eu fazia parte de um movimento de intervenção urbana de jardinagem em Salvador! Foi pura conexão. Estou tentando plantar as sementes, ainda não tive sucesso com as chuvas fortes caindo por aqui (as sementes são muito pequeninas e sensíveis). Mas assim que brotarem publico aqui.

Marsha, I miss you!



Marsha na roda de conversa sobre feminismo organizada pelo movimento Canteiros Coletivos


Marsha felizona no bloco pré-carnavalde Hoje a Oito

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