Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

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domingo, 25 de agosto de 2013

Dora em Salvador - Experiênci​a Cultural e de Voluntaria​do Servas

Faz pouco mais de um mês que realizamos a primeira Experiência Cultural e de Voluntariado do Servas com a vinda da adolescente paulistana Dora Amaral, de 17 anos, para Salvador. 
 
Nossa ousadia em fazer o programa foi importante para que iniciemos um novo tipo de proposta no Servas, mais voltado para jovens com tino ao engajamento social e preocupados em conhecer as cidades mais a fundo.

Tivemos poucos Servas disponíveis para receber Dora em Salvador, mas muito esforço por parte de Dantas e Buena, e também da jovem Adriane Ribeiro, que ofereceram seu teto e sua companhia para os oito dias que Dora passou na capital baiana. 

Dora também esteve no Projeto Axé, através de um contato feito com a diretora Regina Moura. Tentamos uma visita ao CRIA (outro projeto social com crianças), e outra à AIESEC (organização internacional de intercâmbio universitário), mas com a mudança de planos de Dora essa programação desandou. Ao fim da primeira semana Dora se sentiu um pouco insegura para sair sozinha na rua - e é perfeitamente compreensível porque realmente Salvador é uma cidade que pode intimidar muito, é uma grande cidade, porém com um ritmo e um contexto bem diverso do de São Paulo. E foi a primeira vez de Dora viajando sozinha. Menina corajosa!

Dora teve a maturidade de decidir ir embora mais cedo, pois sabia que ficaria difícil que a acolhêssemos sem que ela tivesse um mínimo de autonomia para andar pela cidade, principalmente nos dias de semana, em que cada um de nós tem suas obrigações de trabalho e afins. Ao mesmo tempo achamos muito bacana sua sinceridade em admitir uma certa insegurança para se jogar na cidadona de Salvador. Esse já foi um grande crescimento.
 
Conversamos sobre a intenção de, neste mesmo programa, trazer para cá jovens que façam uma imersão em movimentos cidadãos que estão rolando na cidade (além dos Canteiros Coletivos, a bicicletada, o Nosso Bairro é Dois de Julho, o Curiar, entre outros), mas que para isso é preciso que chequemos uma agenda com muitas atividades seguidas em todos eles. E foi bacana Dora ter se oferecido para ajudar na montagem desse programa! ;-)
 
Diante dessa avaliação, creio que tenhamos alguns parâmetros para pensar no perfil do novo viajante, e que a partir de agora temos novas formas de chamar novos integrantes para a organização (um casal de amigos que conheceu Dora se interessou muito em fazer parte).
 
No geral, o saldo foi positivo. Dora é uma menina doce, inteligente e muito aberta às novidades e ao crescimento. Gostamos muito de conhecê-la e de estar com ela, e acreditamos que todos - Servas e não-Servas - tenham se surpreendido com sua delicadeza no trato com as pessoas.
 
Agradecemos a todos - soteropolitanos e paulistanos - que participaram dessa proposta, em especial a Alex Simões e Rafael Brito e Lili, que não são Servas mas estiveram conosco para conviver um pouquinho com Dora, e a todos que de certa forma incentivaram essa viagem e deram algum tipo de suporte, mesmo que à distância, para que o programa fosse possível. 
 
A seguir, o relato de Dora:

Em julho realizei uma viagem através do Servas para Salvador. Durante os oito dias que passei nesta cidade linda, me hospedei na casa de Dantas e Buena, um casal que me deu muita atenção e me levarem a lugares incríveis e o mais legal, não eram lugares turísticos e sim que captavam muito bem a essência da cidade de Salvador. Fiquei também uns dias na casa de Adriane, que me acolheu  e me acompanhou nos passeios mais turísticos. Além disso, Débora me fez companhia e cuidou da minha agenda com muita atenção e trabalho.

Os servas de Salvador são muito atenciosos e me receberam muito bem para quem nunca haviam recebido alguém com menos de 18 anos de idade. Acho que o que faltou mesmo foi uma maior autonomia de minha parte e não ficar muito dependente, porém foi difícil me adaptar a cidade que é completamente diferente do que estou acostumada. Amadureci nesse sentido, de precisar ter autonomia suficiente para pegar um ônibus em um lugar onde eu não tinha a menor ideia de onde estava.

Acho que foi fundamental ficar hospedada em duas casas diferentes, pois, a de Dantas é muito diferente da minha, que por sua vez, é diferente da de Adriane. Foi um grande choque cultural e mais um aprendizado, que nem todo mundo vive que nem eu, tem os mesmo costumes etc.

Por fim, queria agradecer a atenção e disponibilidade de todos, Débora por disponibilizar seu tempo para programar minha viagem detalhadamente, marcando encontros, almoços, show e Dantas, Buena e Adriane por me levarem nesses lugares incríveis e me hospedarem em suas casas.

Beijos Dora

Segue algumas fotos que tirei: