Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

De Vinhedo a um circuito cultural na Europa



Terezinha de Paula e Cesar Alves-SP

Olá a todos, somos Tere e Cesar, Servas há mais de três anos. Já havíamos viajado para a Europa, ficando em casa de amigos ou em hotel. Dessa vez ficamos muito em casa de Servas, de amigos e pouquíssimo em hotel. Nosso roteiro foi Itália, Alemanha e Portugal.

Na Itália, tivemos uma retribuição maravilhosa da família Bigatti, nossos hóspedes no final de 2015 e início de 2016, já que aceitamos o convite para visitá-los em sua terra. Essa família mora na região da Umbria, onde tem cidades lindas do idos da Idade Média. O Servas, Paulo Bigatti, gentilmente foi nos buscar em Roma distante 200 km de sua cidade). Passamos dois dias na casa do Paolo, em Stronconi, província de Terni.





Nessa área fomos à Cidade de Assis, onde visitamos a Basílica de São Francisco de Assis, Patrimônio da Humanidade (basílica inferior e superior). Reduto de afrescos maravilhosos de Giotto, vê-se muito do que foi salvo do terremoto do século passado. Paolo nos levou de volta a Roma onde fizemos um passeio turístico o dia inteiro. De Roma fomos para Bassano del Grapa para visitar uma amiga e de lá para Pádua (Padova).


Em Pádova, ficamos na casa da servas Charlotte Browne, 77 anos, australiana, professora aposentada e bastante ativa. Tivemos um dia maravilhoso de visitas à Basílica de Santo Antonio de Pádua, ao Museu de Giotto, ao Pallazzo de la Raggione e muito mais. No fim do dia, assistimos seu ensaio de dança típica nas redondezas da casa num belo espaço da prefeitura local. Encerramos o dia numa típica cantina italiana, como não podia deixar de ser.




Na Alemanha nos hospedamos em casa de amigos em Hamburgo, e quando viajamos com eles.

Ao chegar a Portugal fomos direto para Santa Maria da Feira ( vizinha à cidade do Porto) para casa de servas, família Borgas. Florinda, professora de francês e Joaquim, veterinário, ambos aposentados. O casal nos esperara com um banquete na noite de sexta-feira. Florinda, uma pessoa maravilhosa, cozinha como ninguém! Ela continua professora dos netos e não só de francês, ensina história, português, etc. Florinda os acompanha quando a mãe está trabalhando, os netos a adoram.

Joaquim é uma pessoa culta e atualizada, um pesquisador dedicado. Ele foi nosso guia turístico particular inclusive, o sugerimos fazer isso profissionalmente de tão bom que é.

Joaquim nos levou ao Porto, a Braga e Barcelos. Disse ele: “No Porto é obrigatório comer Francesinha (sanduiche); em Braga a típica “frigideira” prato (salgado) e “tibia” (doce) e em Barcelos há de se ver a grande estátua do Galo de Barcelos, surgido da lenda. Para mim foi uma surpresa porque, até essa viagem, achava que era o galo de Portugal.



Depois rumamos para Avelãs de Caminho, pequena aldeia dos antepassados do Cesar e na sequência, aproveitamos a proximidade para conhecer Coimbra. Fizemos uma visita (obrigatória) à Universidade de Coimbra, Patrimônio da Humanidade, um dia é pouco para conhece-la, então tivemos de escolher uma pequena parte do complexo da universidade. Decidimos visitar dois ou três ambientes dentre eles a Biblioteca Joanina, uma relíquia construída durante o reinado de D.João V.

Próxima cidade, Lamego, ao norte de Portugal. Lá se percebe nitidamente a influência do idioma espanhol. Hospedamo-nos na casa da servas Manuela Gama. Ela morou no Brasil, em Campinas, onde nasceu sua única filha. Retornaram a Portugal há muitos anos.

Assim que chegamos, Manuela já nos sugeriu ir a uma vinícola de uma amiga dela, Quinta Santa Eufêmia onde produzem, com maestria, o vinho do Porto. A proprietária, Tereza, nos mostrou tudo e explicou, detalhadamente, como se produz o vinho do Porto. Nós ficamos maravilhados e é lógico degustamos vinho e saímos de lá com duas garrafas, uma para saborear na companhia da Manuela e outra em casa.

Jantamos em casa na companhia de mais duas amigas de Manuela, Raquel e Rosa. Jantar muito prazeroso! No dia seguinte, conhecemos a Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, cuja festa, comemorada em setembro, os portugueses recomendam participar por considera-la emocionante.

Nossa anfitriã nos levou para ver os sítios de artes rupestres no Vale do Côa. Conta a história, a partir de 1990, que no inicio da construção de uma barragem hidroelétrica no Rio Côa, apareceram as rochas com desenhos, então logo veio a público que ali havia uma riqueza arqueológica. Ainda assim, tentaram continuar com a obra, entretanto a construção da barragem foi suspensa em função dos protestos da imprensa e da população.

Hoje, ali se encontra o Parque Arqueológico do Vale do Côa, Patrimônio da Humanidade, reconhecido como o maior complexo de paleolítico ao ar livre conhecido até então. Esse foi um passeio muito interessante, graças à Manuela. Manuela, ou Manela, como ela assina os e-mails, mora numa quinta onde vi pela primeira vez pé de amêndoa.


E chegou o dia 2 de junho, dia de retornar para casa, que, aliás, já estávamos com saudades.

Cada vez mais gostamos das nossas viagens depois de conhecer o Servas, essa comunidade maravilhosa. Nós gostaríamos de receber mais hóspedes, mas infelizmente, poucos se interessam pela nossa cidade, Vinhedo – São Paulo.


Relatório de viagem no período de 10 de maio a 02 de junho de 2016.