Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

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quinta-feira, 20 de abril de 2017

Cenário Pré-carnavalesco em Recife


Por Isabel Cano - Espanha

Me chamo Isabel Cano. Sou de Barcelona, Espanha e viajei ao Brasil por três semanas aproveitando que meu filho Santi está estudando no Rio de Janeiro.

Aconselhados por uma amiga brasileira, antes de desfrutar do carnaval do Rio, viemos vivenciar, primeiro, o pré carnaval em Recife. Depois de passar dois dias em Porto de Galinhas, fomos recebidos por Luciléa Cisneiro e seu marido em Boa Viagem. Eles nos levaram ao Recife Antigo, já com preparativos para o carnaval; daí chegamos até o Pátio de São Pedro onde desfrutamos de um dos melhores momentos da viagem. Uns cinco ou seis grupos de Maracatu, coordenados por seus maestros, com um coro atrás, encheram o Pátio, com a Igreja ao fundo, interpretando músicas que, para nós eram ritmos novos, muito afro. A sensação foi indescritível.

No dia seguinte, fomos a praia, próxima ao apartamento de Luciléa. Voltamos ao Recife Antigo, também muito bonito de dia, com muitos edifícios restaurados e almoçamos lá com outras duas brasileiras, do Servas Recife, Severina, Socorro, e Franco, um italiano hóspede de uma delas. Após a refeição, demos um pequeno passeio pelo local e encontramos um grupo de passistas interpretando ritmos de frevo e um bloco com boneco gigante. Dalí nossos anfitriões nos acompanharam até Olinda, cidade vizinha de Recife.


Mª do Socorro, Sissi, Santi, Isabel, Cisneiro e Luciléa
Isabel e Santi com dançarinos de frevo no Recife Antigo


Em Olinda, nos hospedamos na casa de Vera Leite e seu marido. Com eles e dois amigos fomos ao Baile Municipal, à noite, um evento muito especial no carnaval pernambucano, com muita gente, a maioria fantasiada e mascarada. Eu fui com um cocar de penas no cabelo e Santi com um chapéu de pirata emprestado por Luciléa. As atrações do baile me deixaram bastante surpreendida. Havia gente de todas as idades, muitas idosos, alguns aparentando mais de 70 anos, todos cantavam as músicas, num cenário espetacular. Eu gostei de ver que não há limite de idade no Brasil para se divertir, como normalmente temos na Europa.

Santi, Isabel, Vera e amigos no Baile do Municipal


No dia seguinte, fomos ver “o Desfile das Virgens de Olinda”, perto da casa de Vera e começando ao meio dia. Um “carnaval de rua”, muito popular, com muita gente desfilando nos trios elétricos.

Depois, fomos visitar o Centro Histórico de Olinda. Muito bonito, com umas igrejas antigas, umas ruas calçadas com pedras, muitas casas coloridas e no alto, uma vista panorâmica que valeu muito a pena.

No outro dia, visitamos um pouco mais o Recife Antigo. Foi um pouco duro por causa do calor, mas procuramos aproveitar o que as energias nos permitiram. Foi interessante visitar um antigo cárcere, agora transformado em um centro cultural, onde as celas são lojas de artesanato. Também algumas igrejas, zonas comerciais e lojas muito simples, vendedores ambulantes, comercializando seus produtos.


Santi e Isabel no Recife Antigo

A noite foi muito especial: Noite dos Tambores Silenciosos, em Olinda. Um colorido impressionante, outra vez os tambores do maracatu, outro momento “top” da viagem. Fomos com Vera e nos encontramos com Luciléa, Severina, Lindinaura e Franco.
Próximo dia fizemos uma excursão de ônibus a Igarassu e Ilha de Itamaracá. Igarassu foi uma experiência tão boa quanto inesperada. Além da igreja de São Cosme e Damião, a mais antiga do Brasil, havia outras tantas, um antigo palacete, conventos... visitamos alguns deles e um, especialmente, foi muito interessante.

Na ilha, fomos diretamente ao Forte de Orange, construído originalmente pelos holandeses e depois ampliado pelos portugueses. Depois da visita fomos comer em um bar restaurante na praia, muito simples, longe da zona turística. Tomamos banho ali, com tranquilidade, até a hora do ônibus.
Na última noite, passamos na casa de Luciléa e aproveitamos a manhã seguinte para tomar banho na praia de Boa Viagem pela última vez. Cisneiro, seu marido, nos acompanhou, muito amavelmente, ao aeroporto e assim, terminamos nossa inesquecível estadia em Pernambuco nas prévias do carnaval.

Agradecemos muito a todos os Servas que conhecemos, a tudo de bom que fizeram durante nossa permanência nessa região tão especial do Brasil.





Mergulho na cultura pernambucana



Por Franco Pirrami - Itália


Eu viajo com frequência, às vezes pelo Servas. Nunca fui recepcionado como em Recife. Eu já tinha experimentado a hospitalidade do Servas Brasil, em São Paulo e Rio de Janeiro, mas o bom trabalho da coordenação, em Pernambuco, superou minhas expectativas.

Áurea me pegou no aeroporto levando-me para a casa de Severina. No mesmo dia, conheci Lucileia e Socorro e dois Servas de Barcelona, com quem fomos almoçar no Recife Antigo. Socorro me ajudou a organizar os dias passados no mar, na costa sul, por isso não me hospedei com Lindinaura, em Olinda, como previsto.

Franco, Sissi, Cisneiro, Luciléa, Santi, Isabel e Mª do Socorro

Severina, minha anfitriã na maioria dos dias em Recife, sempre muito útil, também foi a guia perfeita para ensinar-me sobre os carnavais de Recife e Olinda, sobre os quais é conhecedora apaixonada. Descobrimos um monte de coisas em comum e a mesma paixão pela tradicional dança de carnaval de rua. Demos boas risadas juntos.

Sissi e Franco no Carnaval de Rua 

Franco em Recife com Galo da Madrugada ao fundo

No pré-carnaval, apreciado, em particular, na noite dos Tambores Silenciosos, em Olinda, eu pude ver vários grupos dançando e desfilando ao som do Maracatu. Também vi grandes dançarinos de frevo no bloco "Escuta Levino" em Recife; foi quando eu me aventurei nessa dança típica do carnaval ... pelo menos eu tentei.

Santi, Isabel e Franco entre os dançarinos de frevo


Foi um bom mergulho na cultura pernambucana, tradicional e bonita Espero encontrar os novos amigos em outras ocasiões.
Obrigado Servas Recife ... até breve.