Paz e entendimento por meio de viagens e hospedagem

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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Cada canto um encanto


Terê e César - SP

Somos Terê e Cesar e viajamos para a França para ver amigos, ter “aulas” de cultura, de arte, de história do velho mundo e desfrutar da beleza desse País. Foi um privilégio, em Paris e no sul da França, na região da Provence, ficar em casa de amigos. Na região da Provence nos hospedamos com colegas Servas.

No nosso primeiro evento no Servas (São Paulo), tivemos a oportunidade de conhecer o casal, Corinne Bouthelou e Michel Bourbao. Depois, tivemos outros encontros, então o casal nos convidou para visitá-los quando retornassem à França. Eles estavam no Brasil a trabalho. Esses convites eram sempre feitos com muito carinho e acompanhados da descrição da casa e do lugar onde moravam na França.

A casa, que eles próprios restauraram data dos anos 1200, isso nos fazia também pensar em ir ao lugar deles um dia. Assim o fizemos! A viagem foi encantadora, tanto por desfrutar da companhia do casal, quanto pelo aconchego da casa e pela beleza das cidades onde os nossos amigos nos levaram.

De Paris a Lyon e em 1º. de setembro de 2017, de Lyon partimos para La Tour D’Aigues, cidade onde moram. Corinne foi nos buscar na estação de trem que fica em Pertuis. Sexta-feira, fim de tarde, um dia propício para uma boa companhia, um bom papo e brindar o nosso reencontro!!!




A casa é um encanto e depois, saber que a casa existe há mais de 700 anos é de um prazer indescritível. Como diz a Corinne, uma casa assim tem ALMA. Michel conta que depois de terminada a restauração, eles perceberam uma depressão no piso de um dos cômodos, começaram a cavar e eis que encontraram uma cava. E hoje então eles têm uma cava original para guardar o seu vinho, que é mantido fresco à temperatura do subterrâneo. Outra relíquia se destaca nessa casa maravilhosa, uma pedra esculpida encontrada em meio aos escombros, que fazia parte da arquitetura do Castelo de La Tour D’Aigues.


La Tour D’Aigues tem aproximadamente 4.500 habitantes. Um lugar de casas de pedras, com plantas pendentes, parreiras de uva nas portas, ruas estreitas que mal passa um carro de passeio. Isso tudo torna a cidade charmosa, como é a maioria das cidades pequenas na Europa.




Comentamos muito sobre a tranquilidade do lugar, eles nos disseram, que há barulho à noite e nós curiosos, perguntamos, como barulho? Eles responderam que à noite se colhe as uvas para fugir do calor do dia.

No manhã seguinte, sábado, saímos para dar uma volta nas redondezas e apreciar de novo o lugar (tenho de fazer um parêntese aqui: se houve colheita de uva nessa noite, nós não escutamos nada.). Fomos levados pelos nossos anfitriões ao Castelo de La Tour D’Aigues. Segundo informações esse castelo é uma das mais belas ruínas da época da Renascença na Provence, onde tem um pequeno anfiteatro ainda ativo.



Eles tinham adiantado que a programação era passar o fim de semana em Lurs, onde eles têm uma casa. E prá lá fomos... Essa casa é outra casa antiga, que data também dos anos 1200, e que estão restaurando. Esse é o atual projeto de vida deles, restaurar para quando se aposentarem fazer desse recanto sua moradia.

Lurs tem 200 habitantes, imaginem!! Na verdade uma vila charmosíssima!!! ( mais ou menos 30 minutos de carro de La Tour D’Aigues). Bem antes de chegar à charmosa Cidade já se consegue avistá-la. É como se ela estivesse pendendo de um enorme penhasco. Corinne e Michel falam de Lurs com muito orgulho e não é pra menos. Para onde se olha há lindas vistas panorâmicas. Ao final da tarde do sábado, subimos ao ponto mais alto da casa para apreciar e fazer um brinde ao pôr do sol. Portas e janelas com detalhes, parreiras em quase todas as portas e tudo isso tornando cada canto um encanto.









Há uma biblioteca ao ar livre, onde há um breve resumo, da história da escrita – hebraico, mandarim, grego e etc., que é bem interessante.
Corinne me levou ao pequeno mercado de Lurs. Alí vende-se tudo que é produzido nas redondezas: hortifruti frescos, queijos, embutidos, vinho, tudo produzido artesanalmente. Ela diz que prefere consumir o que é da região, embora seja um pouco mais caro, mas é saudável, além de contribuir com o meio ambiente (percorre-se pequenas distância, polui menos) e com o crescimento da economia local. Os produtores dedicam um dia da semana ao trabalho nesse mercado.

Chegou a hora do nosso retorno, tudo o que é bom termina logo. Agradecemos muito a vocês Corinne e Michel, por nos proporcionar esse fim de semana maravilhoso!!!!

Terê e Cesar - Viagem à França 24.08 a 06.09.2017


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